terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Cursos Técnicos a Distância na região Etec-Brasil


Aberto o Processo Seletivo para ingresso de alunos nos Cursos Técnicos de Nível Médio - EaD


Publicado: 27/02/2012

O Instituto Federal Farroupilha, através da publicação do Edital Nº 33, divulga a Abertura das inscrições ao Processo Seletivo 2012/2, no período de 01 de março (a partir das 8 horas) a 09 de abril (até às 17 horas) de 2012, para ingresso de alunos nos Cursos Técnicos de Nível Médio - EaD (Ensino a Distância), dos polos: Alegrete, Agudo, Cacequi, Cachoeira do Sul, Canguçu, Cruz Alta, Faxinal do Soturno, Formigueiro, Giruá, Ijuí, Ivorá, Maçambará, Não-me-Toque, Nova Palma, Pinhal Grande, Piratini, Quaraí, Rosário do Sul, Santa Maria, Santana do Livramento, Santiago, Santo Cristo, São Borja, São Francisco de Assis, São Gabriel, São Lourenço do Sul, São Pedro do Sul, São Sepé, Silveira Martins, Sobradinho e Toropi.
E, o Edital Nº 33, divulga as informações gerais para solicitação de Isenção da Taxa de Inscrição para o referido processo seletivo.
Fonte: IFFaroupilha
Vestibular e-Tec 1/2012 - Educação a Distância - CAVG
Confira a agenda e o edital sobre o Vestibular para ingresso nos cursos da modalidade de EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EaD), oferecido pelo Sistema Rede e-TEC Brasil, com início previsto no primeiro semestre letivo de 2012, no Campus Pelotas - Visconde da Graça (CAVG).

Em Bagé estão sendo oferecidas vagas pra os Cursos de Biocombustíveis e Agroindústria.


Fonte: IFSUL

Lavrenses que têm ligação com a área rural e tem dificuldades de acesso a internet, podem entrar em contato comigo pelo telefone (55) 3282 1333 ou e-mail amilton2003-caminho@yahoo.com.br


Contato Instituto Federal Farroupilha - http://www.iffarroupilha.edu.br/processo_seletivo/
Contato Instituto Federal Sul - http://processoseletivo.ifsul.edu.br/

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Leite Materno contaminado por agrotóxicos e Política de Alimentação no País


O uso de agrotóxicos para produção de alimentos vem sendo cada vez mais discutido por biólogos e pesquisadores. Esses produtos que fazem o grão crescer mais rápido e mais forte são vistos por alguns como uma das maravilhas do agronegócio contemporâneo, no entanto, o uso de agrotóxicos possui um outro lado, não tão bem sucedido e louvável.

A onda de produtos orgânicos cresce justamente devido ao desejo e preocupação da população em consumir um alimento saudável, livre desses venenos agrícolas, próximo daqueles que eram consumidos antigamente, quando as famílias tinham a sua pequena plantação e dali tiravam a sua subsistência, quando ainda se vivia em uma sociedade majoritariamente rural.

No entanto, com a industrialização crescente das lavouras, eles, os agrotóxicos, vieram para ficar e, como toda e qualquer invenção, logo mostraram os benefícios e também os custos de seu uso. Esses custos ficam evidentes quando vemos os resultados de uma pesquisa realizada pela mestranda Danielly Palma, da Universidade Federal do Mato Grosso.

Entre o químico e o orgânico!

A pesquisa aconteceu na cidade deLucas do Rio Verde, conhecida por ser uma das maiores produtoras de grãos do Mato Grosso. Não por acaso, a cidade expõe seus habitantes a um nível de agrotóxicos muito maior do que a média encontrada em outros municípios brasileiros. A pesquisa de Danielly começou depois do ano de 2006, quando um acidente por pulverização aérea contaminou toda a cidade. Coube a ela examinar os resíduos de agrotóxicos presente no leite materno de 62 mães e o resultado detectou, de fato, a presença de pelo menos um tipo de agrotóxico em 100% das amostras analisadas.

A maioria das substâncias encontradas no leite materno são de alta toxicidade, algumas até têm seu uso proibido no Brasil. O fato é que o resultado desta pesquisa revela um problema gravíssimo. Se agrotóxicos são encontrados até no leite materno, isso significa que muitas crianças recém-nascidas estão sujeitas à contaminação o que, em última instância, gera uma espécie de cadeia de contaminação interminável.

Ao mesmo tempo, esse tipo de pesquisa levanta questões a respeito de uma efetivapolítica de alimentação no nosso país. Um controle do uso de agrotóxicos e um barateamento do preço dos produtos orgânicos são questões essenciais para que a população brasileira tenha acesso a alimentos de qualidade e, consequentemente, possa gozar de boa saúde e de uma melhor qualidade de vida!

Veja trecho de entrevista publicada no Viomundo feita pela repórter Manuela Azenhacom a pesquisadora Danielly Palma sobre o trabalho realizado por ela com as mães de Lucas do Rio Verde:

Viomundo – A sua pesquisa faz parte de um projeto maior?
Danielly Palma – Minha pesquisa foi um subprojeto de uma avaliação que foi realizada em Lucas do Rio Verde e eu fiquei responsável pelo indicador leite materno. Mas a pesquisa maior analisou o ar, água de chuva, sedimentos, água de poço artesiano, água superficial, sangue e urina humanos, alguns dados epidemológicos, má formação em anfíbios.
Viomundo – E essas pesquisas começaram quando e por que?
Danielly Palma – Começamos em 2007. A minha parte foi no ano passado, de fevereiro a junho. Lucas do Rio Verde foi escolhido porque é um dos grandes municípios produtores matogrossenses, tanto de soja quanto de milho e, consequentemente, também é um dos maiores consumidores de agrotóxicos. Em 2006, quando houve um acidente com um desses aviões que fazem pulverização aérea em Lucas, o professor Pignati, que foi o coordenador regional do projeto, foi chamado para fazer uma perícia no local junto com outros professores aqui da Universidade Federal do Mato Grosso. Então, começaram a entrar em contato com o pessoal e viram a necessidade de desenvolver projetos para ver a que nível estava a contaminação do ambiente e da população de Lucas.
Viomundo – E qual é o nível de contaminação que a população de Lucas se encontra hoje? O que sua pesquisa aponta?
Danielly Palma – Quanto ao leite materno, 100% das amostras indicaram contaminação por pelo menos um tipo de substância. O DDE, que é um metabólico do DDT, esteve presente em 100%, mas isso indica uma exposição passada porque o DDT não é utilizada desde 1998, quando teve seu uso proibido. Mas 44% das amostras indicaram o beta-endossulfam, que é um isômero do agrotóxico endossulfam, ainda hoje utilizado. Ele teve seu uso cassado, mas até 2013 tem que ir diminuindo, que é quando a proibição será definitiva. É preocupante, porque é um organoclorado que ainda está sendo utilizado e está sendo excretado no leite materno.

Fonte: Glauco Cortez - PrtScr 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

ESCLARECIMENTOS SOBRE AGROTÓXICOS, ALIMENTOS ORGÂNICOS E AGROECOLÓGICOS


CINCO ESCLARECIMENTOS SOBRE AGROTÓXICOS, ALIMENTOS ORGÂNICOS E AGROECOLÓGICOS.
27 de janeiro 2012.

   Na primeira semana de 2012, veículos da mídia de grande circulação divulgaram informações parciais e incorretas sobre o uso de pesticidas nos alimentos.

   Nós, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, contestamos essas informações e, com base no conhecimento de diversos cientistas, agrônomos, produtores e distribuidores de alimentos orgânicos, aproveitamos essa oportunidade para dialogar com a sociedade e apresentar nossos argumentos a favor dos alimentos sem venenos.

1 - O nome correto é agrotóxico ou pesticida e não “defensivo agrícola”.
   Como afirma a engenheira agrônoma Flavia Londres: “A própria legislação sobre a matéria refere-se aos produtos como agrotóxicos.”
   E o engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral complementa: “Mundialmente o termo utilizado é ‘pesticida’. Não conheço outro país que adote o termo ‘defensivo agrícola”. 

2 - O nível de resíduos químicos contido nos alimentos comercializados no Brasil é muito preocupante e requer providências imediatas devido aos sérios impactos que gera na saúde da população. 
   Voltamos a palavra à engenheira agrônoma Flavia Londres: “A revista se propõe a tranquilizar a população, certamente alarmada pelo conhecimento dos níveis de contaminação da comida que põe à mesa. Os entrevistados na matéria são conhecidos defensores dos venenos agrícolas, alguns dos quais com atuação direta junto a indústrias do ramo. Os limites ‘aceitáveis’ no Brasil são em geral superiores àqueles permitidos na Europa – isso pra não dizer que aqui ainda se usam produtos já proibidos em quase todo o mundo”.
   O engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral nos traz outra informação igualmente importante: “A matéria induz o leitor a acreditar que não há uso indiscriminado de agrotóxicos no país, quando a realidade é de um grande descontrole na aplicação desses produtos, fato indicado pelo censo do IBGE de 2006 e normalmente constatado a campo por técnicos da extensão rural e por fiscais responsáveis pelo controle do comércio de agrotóxicos”.

3 - Agrotóxicos fazem muito mal à saúde e há estudos científicos importantes que demonstram esse fato.
   Com a palavra a Profª Dra. Raquel Rigotto, da faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará: “No Brasil, há mais de mil produtos comerciais de agrotóxicos diferentes, que são elaborados a partir de 450 ingredientes ativos, aproximadamente. Os agrotóxicos têm dois grandes grupos de impactos sobre a saúde. O primeiro é o das intoxicações agudas, aquelas que acontecem logo após a exposição ao agrotóxico, de período curto, mas de concentração elevada. O segundo grande grupo de impactos dos agrotóxicos sobre a saúde é o dos chamados efeitos crônicos, que são muito ampliados. Temos o que se chama de interferentes endócrinos, que é o fato de alguns agrotóxicos conseguirem se comportar como se fossem o hormônio feminino ou masculino dentro do nosso corpo; enganam os receptores das células para que aceitem uma mensagem deles. Com isso, se desencadeia uma série de alterações – inclusive má formação congênita; e hoje está provado que pode ter a ver com esses interferentes endócrinos. Pode ter a ver com os cânceres de tireóide, pois implica no metabolismo. E cada vez temos visto mais câncer de tireóide em jovens. Pode ter a ver com câncer de mama. E também leucemias, nos linfomas. Tem alguns agrotóxicos que já são comprovadamente carcinogênicos.Também existem problemas hepáticos relacionados aos agrotóxicos. A maioria deles é metabolizada no fígado, que é como o laboratório químico do nosso corpo. E há também um grupo importante de alterações neurocomportamentais relacionadas aos agrotóxicos, que vão desde a hiperatividade em crianças até o suicídio.”
     De acordo com o relatório final aprovado na subcomissão da Câmara dos Deputados que analisa o impacto dos agrotóxicos no país (criada no âmbito da Comissão de Seguridade Social e Saúde), há realmente uma “forte correlação” entre o aumento da incidência de câncer e o uso desses produtos. O trabalho aponta situações reais observadas em cidades brasileiras. Em Unaí (MG), por exemplo, cidade com alta concentração do agronegócio, há ocorrências de 1.260 novos casos da doença por ano para cada 100 mil habitantes, quando a incidência média mundial encontra-se em 600 casos por 100 mil habitantes no mesmo período. 
Como afirma o relator, deputado Padre João (PT-MG), “Diversos estudos científicos indicam estreita associação entre a exposição a agrotóxicos e o surgimento de diferentes tipos de tumores malignos. Eu concluo o relatório não tendo dúvida nenhuma do nexo causal do agrotóxico com uma série de doenças, inclusive o câncer”, sustenta. Fonte: Globo Rural On-line, 30/11/2011.

4 - Não é possível eliminar os agrotóxicos lavando ou descascando os alimentos já que eles se infiltram no interior da planta e na polpa dos alimentos.
   A única maneira de ficar livre dos agrotóxicos é consumir alimentos orgânicos e agroecológicos. Não adianta lavar os alimentos contaminados com agrotóxicos com água e sabão ou mergulhá-los em solução de água sanitária ou, mesmo, cozinhá-los. Os resíduos do veneno continuarão presentes e serão ingeridos durante as refeições.
Além disso é importante lembrar que o uso exagerado de agrotóxicos também faz com que estes resíduos estejam presentes nos alimentos já industrializados, portanto, a melhor forma de não consumir alimentos contaminados com agrotóxicos, é eliminar a sua utilização

5 - Os orgânicos não apresentam riscos maiores de intoxicação por bactérias, como a salmonela e a Escherichia coli.
   Segundo a engenheira agrônoma Flávia Londres: “Ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos– que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos – podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento”.

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida recomenda o documentário “O Veneno está na Mesa”, de Silvio Tendler, totalmente disponível no site da campanha (www.contraosagrotoxicos.org) bem como todos os materiais disponíveis na página.



Obs.: E-mail enviado a mim por Isabel da Silva participante da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.